Todo mundo só fala em métricas nos dias de hoje, entretanto, antes que possamos migrar para o mundo dos números e indicadores, é preciso dar alguns passos iniciais.
Para início, nem todas as métricas são iguais, algumas delas são bastante simples de se conseguir e lidar e, em muitos casos, já são inclusive mensuradas por praticamente qualquer departamento de recursos humanos.
É preciso criar uma progressão de métricas a serem medidas, especialmente porque algumas delas necessitarão de outras métricas já desenvolvidas para poder ser acompanhadas e analisadas.
O primeiro grande passo na construção de uma gestão de RH baseada em métricas é o estabelecimento de um plano e para que isso seja feito de forma efetiva é preciso conhecer os quatro os níveis de métricas que são usadas de modo frequente em RH e é isso que nós vamos mostrar hoje.
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ToggleQuais as principais métricas?
Métricas operacionais
Todos os dias medimos, mesmo sem ter ciência disso, métricas operacionais dentro de um RH. Faltas de funcionários, níveis de ausência , tempo de casa, férias a conceder, pagamentos, benefícios, licenças, e muito mais. No Brasil, podemos dizer que o acompanhamento que se faz necessário sob a óptica trabalhista envolve grande parte das métricas operacionais de RH.
O departamento pessoal de antigamente poderia servir apenas para controlar contratações e demissões, faltas e férias, vencimentos e benefícios que são ou não pagos para funcionários, mas as funções do RH evoluíram com o passar das décadas e integrou-se a concepção de talento e sua gestão no RH, produzindo maior eficácia nas ações propostas.
Com exceção de algumas repartições públicas e empresas de pequeno porte, praticamente nenhuma organização ainda opera em nível meramente operacional em recursos humanos. Contudo, para aquelas que ainda operam assim a migração para uma segunda fase se faz urgente e pode ser feita de forma simples.
Métricas avançadas
Estruturalmente, todas métricas e variáveis que são necessárias para que se construa modelos estatísticos mais avançados estão ali, a questão é observá-las com outros olhos.
O objetivo, nessa etapa, é construir modelos que ofereçam viés comparativo em função do tempo e decisões, e também eliminar ineficiências, criando resultados melhores.
Essa nova passagem cria o RH que oferece serviços à organização, como não aguardar mais para fazer contratações ou demissões, pois agora propõe programas e ações para realizá-las e medir seus resultados, e também não mais contabilizar e gerência benefícios, mas criar políticas de incentivo baseadas neles e oferece, posteriormente, modelos que demonstrem sua eficácia ou ineficácia.
Essa fase denomina onde a empresa começa a introduzir processos de reengenharia no RH, colocar peso na automação e inclusive a terceirizar processos não essenciais ou centrais.
Análises avançadas
Essa análise começa quando empresas começam a visualizar seus indicadores de modo mais analítico. Os números apenas não fazem mais sentido,e é preciso colocá-los em vários contextos distintos.
De uma forma mais clara, esse processo ocorre quando índices e métricas quantitativos começam a dar origem a indicadores qualitativos, que demonstrem a eficácia das medidas tomadas sob um ponto de vista de resultados.
Aqui começa a crescer a importância das competências e também surgir os primeiros traços da avaliação comportamental mais profunda, bem como de previsões e projeções efetuadas com base nos indicadores auferidos até o segundo estágio evolutivo.
Estratégias com foco na gestão de talentos começam a permear as metas de treinamentos, contratações e até de programas de benefícios e incentivos.
Análise antecipada
Esse estágio representa o ápice da maturidade na gestão de RH, ao menos no que refere-se a métricas e resultados.
Considerando que sob determinados aspectos, principalmente sob o ponto de vista estatístico, essa análise é uma previsão probabilística do futuro, e é preciso que inúmeros indicadores já estejam em cena e correndo perfeitamente para que ela seja modelada.
Um modelo preditivo nada mais é do que uma função matemática: com base em todos os dados anteriormente mapeados, equações usam padrões para traçar, com certo grau de confiabilidade, o que ocorrerá em próximos ciclos.
Dentro do RH essa ferramenta tem se mostrado fundamental, e assim a empresa tem como prever quais serão suas áreas mais sensíveis em regimes futuros, antecipar o aumento ou redução do absenteísmo, rotatividade e outros índices e também criar modelos que prevejam os resultados de alterações ou mudanças na constituição das equipes sob o ponto de vista técnico e também comportamental.
Além do modelo preditivo, entra em cena também a análise de riscos, da mesma forma que é conduzida em áreas como a de segurança e saúde no trabalho, por exemplo. Dados ricos apontam para determinadas situações de risco, e determinam quais os pontos mais urgentes a serem discutidos.
Quais são os maiores benefícios ao usar as métricas?
- Conhecimento sobre o negócio
Ter um panorama de como está a situação atual da organização é fundamental para diagnosticar problemas e desenvolver estratégias de intervenção. Essas informações possibilitam elaborar relatórios estratégicos e conhecer os aspectos internos da companhia.
Dessa forma, o gestor vai ter um apoio importante nos processos decisórios, pois ter métricas facilita o diálogo entre o RH e os superiores da empresa, o que melhora a representatividade do setor na corporação.
- Análise de resultados
Os indicadores de RH poderão fornecer um grande poder de análise de resultados, pois tendo uma boa base nesse sentido, será possível compará-los com a projeção de metas. Isso pode ser feito ao longo do tempo e auxiliar para que o negócio consiga corrigir qualquer equívoco em seu plano de ação, mudando a sua rota em busca dos resultados que são esperados.
- Objetividade das avaliações
A gestão de Recursos Humanos lida com questões subjetivas dos profissionais. Em entrevistas e dinâmicas de grupo no recrutamento e seleção, o RH está trabalhando com questões que não são mensuráveis. Essa dimensão é muito importante para o trabalho em gestão de pessoas como um todo.
Porém, é fundamental pensar que o RH também precisa de informações mensuráveis e objetivas, pois eles conferem com mais objetividade o trabalho da equipe e facilitam os processos de tomada de decisão.
- Construção de metas
Com os indicadores de RH, é possível acompanhar como está a performance da equipe em determinado parâmetro, comparando os resultados obtidos com os objetivos preestabelecidos no planejamento estratégico.
Isso ajuda a realizar o acompanhamento do empreendimento e facilita a elaboração de novas metas. A corporação vai ter capacidade de realizar previsões próximas à realidade dela. Assim, definir objetivos vai se tornar uma tarefa mais simples e eficaz.
Considerações finais
Trabalhar com métricas no RH tornou-se algo indispensável para qualquer tipo de negócio, nesse sentido, é preciso ampliar os horizontes e ver que quando se trata de gestão de pessoas, medir resultados também é importante para saber se todo o planejamento está sendo cumprido.
Caso você tenha ficado com alguma dúvida, você pode consultar uma empresa como a DIRETO Contabilidade, Gestão e Consultoria.
Mas, se você quer saber ainda mais sobre esse tema, mande um e-mail para: marketing@diretocontabilidade.com.br
Que tanto eu, quanto outras pessoas da Direto, estaremos à disposição para bater um papo com você!
Por Ana Clara, departamento de Marketing do Grupo DIRETO.